quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Última Tempestade

Título em português: A Última Tempestade
Título original: Prospero´s Books
Titulo em inglês: Prospero´s Books
Diretor: Peter Greenaway
Roteiro: William Shakespeare (play)
Peter Greenaway (writer)
Ano: 1991
País: Antilhas Holandesas, Franca, Gra-bretanha, Italia, Japao,

index: 445

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0102722/
Site:
wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Prospero%27s_Books
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=19677
blog: http://recantodaspalavras.wordpress.com/2009/06/16/ltima-tempestade-um-filme-em-24-livros/
http://greenawaymoderno.blogspot.com/2007/12/crtica-do-filme-ltima-tempestade-de-199.html
http://www.contracampo.com.br/64/tempestade.htm
http://www.mnemocine.com.br/cinema/crit/greenaway.htm
script:
Trilha sonora: http://epipoca.uol.com.br/filmes_trilha.php?idf=21223

Videos:



Música divina de Michael Nyman



Miranda´s:




Comentários:

Você gosta de William Shakespeare? gosta de teatro? gosta de cinema de arte? gosta de coisa bonita? ... então, não deixe de assistir a este filme. Foi uma indicação de uma colega e como não tinha em locadora, acabei baixando da internet (Prospero´s Boooks). Mas logo no comecinho tive que parar, pois já percebi que seria um belo filme; então comprei e li o livro na íntegra; após, retornei ao filme.

Acho que William Shakespeare deu sua contribuição ao mundo; tem muitas obras - comédias e tragédias. Em todos os seus textos sempre tem muitas frases e expressões filosóficas que ganharam o mundo... e o tempo; quem não conhece alguma não é mesmo - "Conhecer ou não conhecer Shakespeare, eis a questão!" De qualquer forma, tenho lá minhas dúvidas, pois cada vez que leio uma obra dele, tenho a impressão de estar assistindo a uma novela da Globo - algo muito popular, com muita apelação, onde o rico se mistura com o pobre, o certo com o errado, e onde todo o desfecho fica para o final de uma forma muito rápida. Bem, não conheço muito o teatro e talvez seja assim mesmo que deva ser.

Encontrei-o finalmente na locadora e chama-se: A Última Tempestade.

O filme é fantástico e Peter Greenaway fez a transposição para a telona em um forma de nos causar um verdadeiro deleite aos olhos. A abertura é excelente: colorida, surreal, teatral, visual, musical, tudo de bom. Talvez a história da vingança de Próspero, que vem logo a seguir, seja uma pouco difícil de entender, pois fica meio que perdida entre tantos recursos visuais, por isso recomendo que leia o livro antes: A Tempestade, de William Shakespeare (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Tempest): você não irá se arrepender de ler o livro e após assistir ao filme.

Sobre a técnica que o diretor usou, achei bem interessante o que Érica V. Costa publicou em seu trabalho (http://www.letras.ufmg.br/site/publicacoes/coloqsemiotica.htm), que entre outras coisas, atentou para o fato dele ter se preocupado em colocar cada um dos 24 livros como sendo uma linha de trabalho dentro do período que conhecemos como Renascença.

Mas uma coisa me chamou a atenção: quando li A Tempestade, não pareceu que Shakespeare havia dado muita atenção aos "books" de Próspero, mas a atenção - penso eu - era voltada para a história de Prospero e de sua vingança. Acho que Greenaway deu uma nova roupagem para história.

Mas cá entre nós, A Tempestade foi o último trabalho de WS. Tive a impressão que Prospero era o próprio Shakespeare e aqueles livros eram suas peças, que ele carregava sempre consigo, já que me parece que os originais de WS não existem, não é isto mesmo? A quem era dirigida realmente aquela vingança? Uma obra amadurecida, cuja palavra final chama-se PERDÃO.

A música da abertura chama-se Prospero´s Magic, de Michael Nyman, que também tem a música de Miranda. Uau...aquela abertura ... ainda sonho com ela: é muito bela! não tem como descrever, só assistindo....

E para fechar, vai uma canja, o discurso de Prospero, na voz de Loreena, minha Deusa.



Loreena McKennitt - Prospero's speech

And now my charms are all o'erthrown,
And what strength I have's mine own;
Which is most faint; now t'is true,
I must here be released by you,

Or sent to Napels. Let me not,
Since I have my dukedom got
And pardoned the deceiver, dwell
In this bar island by your spell;

But release me from my bands
With the help of your good hands.
Gentle breath of yours my sails
Must fill, or else my project fails,

Which was to please. Now I want
Spirits to enforce, art to enchant;
And my ending is despair,
Unless I be relieved by prayer,

Which pierces so that it assaults
Mercy itself and frees all faults.
As you from your crimes would pardon'd be,
Let your indulgence set me free.

sábado, 17 de outubro de 2009

1984



Título em português: 1984
Título original: Nineteen Eighty-Four
Titulo em inglês: Nineteen Eighty-Four
Diretor: Michael Radford
Roteiro: George Orwell (novel)
Ralph Gilbert Bettison (writer) ...
Ano: 1984
País: Grã-Bretanha

index: 379

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0087803/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/1984_%28filme%29
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=18618
blog: http://battlenerds.wordpress.com/2008/09/29/1984/
http://www.sosestudante.com/resumos-f/filme-1984.html (não é crítica, apenas a sinopse do filme)
script:


Trailer:



Outros videos:

Não custa nada dar uma olhadinha nesta sátira:



Comentários:

Muita gente fala que ler um livro é preferível ao filme. Isto é verdade?
- Bem, acho que é meia-verdade.
Já fiz isso várias vezes e nem sempre o resultado é um desastre. Vejamos...

Na leitura do livro Moby Dick, de Herman Melville, acabei cansando de tantas páginas - que sufoco! -, pois existem muitos desvios da história de vingança do capitão Ahab à baleia; são tantos aprofundamentos e desdobramentos, que a história toda acaba se tornando uma grande enciclopédia sobre caça de baleias; conclusão: sem muito tempo para ler o resto, acabei pegando o filme na locadora somente para conferir o final da história. E este não deixou a desejar, pois não se desviou tanto e embora mais pobre em detalhes, contou direitinho a história do capitão. Não vou comentar aqui no blog, pois não achei o filme grande coisa.

Mas existe um outro filme chamado Prospero´s Book, que é um interpretação teatral feita para o cinema do livro A Tempestade, de William Shakespeare. Baixei o filme da internet, pois não consegui em locadora e comecei a assistí-lo, mas quando vi que seria bom, parei. Comprei o livro e li-o totalmente. Achei uma linha de trabalho um tanto diferente dos outros livros de W.S. - talvez uma obra mais amadurecida - só sei que gostei. Então fui para o filme. Foi um espetáculo à parte, um deleite para os olhos; muito bem roteirizado e dirigido, com um surrealistmo fantástico, serviu como complemento ao livro. Quando encontrar em locadora, comentarei ele por aqui.

O filme Quando Nietzsche Chorou: simplesmente eu estava sem dinheiro para comprar o livro e se comprasse, não teria tempo para ler, logo, peguei o filme e assisti. Ótimo filme, valeu, e ao contrário que muito gente pensa, não é algo sobre filosofia, mas simplesmente um romance muito legal.

Mas vamos ao que realmente interessa: 1984; e foi aqui que realmente fiquei em dúvida.

O livro... tem uma história que é surreal: um lugar conhecido, mas que não é aquele lugar; uma época conhecida, mas que não é aquela época - coisa de escritor gênio, mesmo!
Para quem leu Utopia, de Thomas More, torna-se evidente que a história é uma anti-utopia, tais como Matrix, Admirável Mundo Novo, Gattaca - a Experiência Genética, assuntos estes que só vamos entender se "sairmos da caverna", como diria Platão em sua República. Mas o livro é rico em detalhes e constrói muito bem o perfil de cada personagem, e mais do que isto, constrói com extrema precisão, o perfil da "ideologia" do Partido - é possível perceber com clareza as consequências psico-emocionais da influência do Partido e do Grande Irmão na cabeça de cada personagem do livro; também o que o partido faz com as comunicações, com a própria história e o que realmente o partido é. As idéias de Grande Irmão, Novilíngua, duplipensar (todos muito atuais por sinal), do eterno inimigo invisível (nosso Bin Laden, se é que ele existe) são muito bem claras e explicadas. E é neste quesito que o filme perde feio.
Todas estas idéias e conceitos ficam muito vagas no filme: a ideologia, o perfil de cada personagem, o Partido. Fica-se com uma visão geral que o governo manipula você, e só!

Acho que fiquei tão impressionado com a atualidade do livro e nos seus graus de detalhamento do perfil psicológico dos personagens, que acabei detonando o filme.

Fiquei realmente na dúvida. Será que este filme é ruim? ...não sei...., mas se ele for bom, então acho que dou maior crédito à "V de Vingança", que apresenta uma história semelhante, só que com um perfil de persongens melhor construído.

Para refletir (eu tinha parado com as foto-montagens, mas tive uma recaída):

George Orwell estava errado sobre o Grande Irmão entrar em nossas casas em forma de um rosto a nos encarar em uma tela de TV:



Na verdade, o Grande Irmão vem de outra forma, e se você não gostar dele, você não será uma cidadão americano patriota. Então... você poderia ser um terrorista, possivelmente:

sábado, 18 de julho de 2009

O Senhor das Moscas

Título em português: O Senhor das Moscas
Título original: Lord of Flies
Titulo em inglês: Lord of Flies
Diretor: Harry Hook
Roteiro: William Golding (novel)
Sara Schiff (screenplay)
Ano: 1990
País: EUA

index: 395

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0100054/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Senhor_das_Moscas
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=17385
blog: http://judias.multiply.com/market/item/21/O_senhor_das_moscas_William_Golding
http://criticadearte.blogspot.com/2004/08/o-senhor-das-moscas-de-william-golding.html
http://pt.shvoong.com/books/500094-senhor-das-moscas/ (apenas uma sinopse, não leia antes de assistir ao filme)
http://educacao.aaldeia.net/filmesenhordasmoscas.htm (o final desta sinopse, remeterá você a alguns tópicos interessantes sobre sociologia)
http://ccleonhirszman.blogspot.com/2008/08/esta-semana-o-senhor-das-moscas.html
http://cinefilia.net/index.php?option=com_content&view=article&id=135:o-senhor-das-moscas&catid=18:mlb&Itemid=27 (comentário muito bom)
script: http://www.sparknotes.com/lit/flies/

Filme (parte 1):


Trailer:



Outros videos:



Comentários:

Este filme tem uma temática muito semelhante ao "Ensaio sobre a Cegueira" de Fernando Meirelles, pois trata de um tema bem interessante: se você retirar todos os bens materais e culturais que a sociedade possui será que essa sociedade se tornará primitiva?
Pois bem, este filme tenta responder a esta questão. Bem dirigido e com a garotada toda interpretando muito bem seu papel. Alguns pontos são muito marcantes, como a dança em volta da fogueira, a caça ao porco e a morte do Porguinho.
É preciso estar atento à sucessão de acontecimentos que levam à racha do grupo, suas lideranças distintas, seus objetivos. Um filme que certamente rende muitas discussões.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Não se Mova

Título em português: Não se Mova
Título original: Non ti Muovere
Titulo em inglês: Don´t Move
Diretor: Sergio Castellitto
Roteiro: Sergio Castellitto (story)
Margaret Mazzantini (novel)
Ano: 2004
País: Itália

index: 410

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0330702/
Site:
wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Don%27t_Move_(film)
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=11518
http://www.65anosdecinema.pro.br/Nao_se_mova.htm
http://www.adorocinema.com/filmes/nao-se-mova/nao-se-mova.htm
blog:
script:


Trailer:



Outros videos:





Comentários:

Olha, eu não gostava desta atriz, Penélope Cruz, mas os últimos filmes que tenho assistido com ela são muito bons, ela parece-me ser uma ótima atriz e estou gostando muito de sua interpretação.
Este filme também é muito bom, sob o meu ponto de vista. Lembra-me, de certa forma, um outro filme chamado "Irreversível", onde a história é contada em pedaços, retrocedendo no tempo.
A trama é bastante complicada, mas o roteiro do filme foi bem escrito de maneira que todas as pontas estão bem amarradas; então, o filme vai crescendo e os verdadeiros dramas pessoais vão aparecendo; mas é isso que achei intrigante, pois o maior drama que vem se agigantando não me pareceu ser o do personagem Timóteo (Castellitto) - embora o diretor pareça querer mostrar -, mas sim o de Itália (Penélope Cruz), pois ela cede ao estupro no inicio do filme, como se gostasse daquilo, e no final isto se explica, ao passo que a história de Timóteo não é explorada: mostra um sofrimento, mas não a causa, se bem que... sua aparente vidinha matrimonial possa-nos sugerir algo.

Um bom filme, que trata da natureza de nossas emoções, e com excelente atuações.

sábado, 20 de junho de 2009

Amistad

Título em português: Amistad
Título original: Amistad
Titulo em inglês: Amistad
Diretor: Steven Spielberg
Roteiro: David Franzoni (written by)
Ano: 1997
País: EUA

index: 000

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0118607/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amistad_(filme)
História real do filme: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amistad
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=3969
blog:
script:


Trailer:





Comentários:

Excelente filme, aliás, nas mãos do mestre, não é mesmo? ...Steven Spielberg.

A trilha sonora, os efeitos visuais especiais (tais qual a tempestade no mar); a produção, a direção, roteiro...tudo muito bem trabalhado.

O filme, que é baseado em fatos históricos reais, narra um período conturbado na história da humanidade: a escravidão; onde a crueldade sofrida por escravos trazidos a bordo de navios, de outras terras, é retratada com muito realismo . Uma cena profundamente chocante é o acorrentamento aos pés de um a outro escravo, onde, então lastreados, são então jogados ao mar. A chibata, as correntes, a dor, o sofrimento - tudo bem trabalhado.

Deu até uma vontade de ler a obra de Castro Alves (O Navio Negreiro) para entender mais este período.

Três pontos importantes me chamaram a atenção:

- a origem dos escravos: muita gente fala da África; mas onde? e quem era trazido? nascidos escravos ou tornados escravos? o filme trata disso: da origem dos escravos;
- tem também a questão dos escravos com status mais alto, que não eram escravos, mas isso temos farta documentação nos livros, principalmente quando do fortalecimento do movimento abolicionista;
- e algo bastante "filosófico", que vem a ser, na verdade, o tema principal deste blog, que é o por quê da escravidão. Na cena do tribunal, o advogado de acusação pergunta ao escravo principal do filme, se eles tinham escravos no local de onde vieram e como se tornavam escravos. Veja que interessante: os escravos também tinham escravos e normalmente eram os da tribo rival que perdiam alguma batalha. O filme aborda essa questão.

A escravidão sempre houve e parece que ainda está presente. Um faraó tinha seus escravos; uma tribo na Africa tinha seus escravos; um dono de terras em 1500 tinha seus escravos; um Coronel no nordeste brasileiro tem seus escravos (operário pagando dividas ao coronel com seu trabalho); um oficial das forças armadas tem seus escravos: todos que estão abaixo dele; uma empresa tem seus escravos; um pai é praticamente obrigado a trocar o celular do filho todo ano; as novelas escravizam.

Estamos mergulhados até a alma na escravidão, se você observar bem ao seu redor. E este filme fala disso. Assista-o com a mente aberta.

PS.. Já que Al Pacino e Mel Gison fazem discursos nos seus filmes, Anthony Hopkins também faz... E este cara esteve muito bem no filme: Djimon Hounsou (Gladiador)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Maior Amor do Mundo

Título em português: O Maior Amor do Mundo
Título original: O Maior Amor do Mundo
Titulo em inglês: The Greatest Love of All (International: English title)
Diretor: Carlos Diegues (Cacá Diegues)
Roteiro:
Ano: 2006
País: Brasil

index: 226

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0481129/
Site: http://globofilmes.globo.com/GloboFilmes/Site/0,,GFF86-5402,00-O+MAIOR+AMOR+DO+MUNDO.html
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_maior_amor_do_mundo
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=15117
http://www.adorocinema.com/filmes/maior-amor-do-mundo/maior-amor-do-mundo.asp
blog:
script:


Trailer:

( )
http://br.truveo.com/trailer-o-maior-amor-do-mundo/id/67126556

Outros videos:

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Comentários:

Até é possível perceber o peso de todo um passado que o personagem de José Wilker carrega no filme, mas acho que o ator poderia ter dado um toque mais pessoal à trama, já que o filme todo tem o foco em seu personagem; se bem que em muito dos papéis que ele representou, seu forte sempre foi a ironia, o que não combinaria com a temática deste filme em questão.

Mas é uma bela história para se assistir. Sou suspeito para falar porque gosto muito dos filmes brasileiros atuais e na comparação com outros filmes de sucesso, tais quais Tropa de Elite e Meu Nome Não é Johnny, dá para perceber que quando retratamos nossa realidade saem bons filmes. Os dois que falei anteriormente, fizeram público, porque tem adrenalina, e não só por que retrata a realidade brasileira - o que é um absurso falar isso, pois de uma forma ou de outra, bons filmes sempre retratam alguma realidade... maior exemplo: alguns filmes indianos.
Existe uma passagem interessante, que reflete exatamente um dos grandes focos do filme, onde José Wilker está à beira do rio onde nasceu e conversando com um garoto; ele então diz algo como: "eu poderia ter sido você"; a impressão que fica é de como o destino atua na vida das pessoas: se você seguir um caminho, acontencerá isto; se seguir o outro, acontecerá aquilo. Mas a segunda temática é melhor: aquela que trás a preocupação de um homem em buscar sua verdadeira identidade, frente à morte.
Já para quem se liga em cinema, não deixe de assistir o "making of" nos extras do DVD, pois há muito informação técnica ali- uma aula de cinema.

domingo, 31 de maio de 2009

Dr. Fantástico


Título em português: Dr. Fantástico
Título original: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb
Titulo em inglês: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb
Diretor: Stanley Kubrick
Roteiro: Peter George (novel)
Stanley Kubrick (screenplay) ...
Ano: 1964
País: Inglaterra

index: 394

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0057012/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dr._Fant%C3%A1stico
DVD: http://www.adorocinema.com.br/filmes/dr-fantastico/dr-fantastico.asp
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=511
blog: http://www.kollision.biz/movies/mov_files/mov_drstrangelove.htm
(também concordo com os comentários deste blog sobre as legendas...podia ser melhor!)
script:


Trailer:



Outros videos:



Comentários:

Nada como assistir a um bom filme de um bom diretor. Não interessa a época, nem a cor, nem nada. Esta comédia vale a pena ser vista. É uma ironia muito bem trabalhada que retrata muito bem a paranóia da época da Guerra Fria. Peter Seller com 3 personagens; o meu xará... George C. Scott, que possui a voz e o estilo zombeteiro de Al Pacino; o cowboy montado na bomba; as montagens com os aviões muito bem feitas (para a época).
Uma coisa interessante que notei é que neste mundo tudo se repete, se copia, é um ciclo de eterno retorno, como diria o Nietzsche: veja, mesmo com a explosão de uma bomba e com a retaliação subsequente com a Máquina do Juízo Final, a solução seria os abrigos anti-nucleares, e a cúpula que sabe de tudo já arquitetava vantagens para o "pós-juizo final", tais como vantagens bélicas, políticas e sexuais (final do filme). A ironia sobre criar uma nova raça pura, presente nas declarações nazistas do Dr. Fantástico, também retratam época.

Uma pequena curiosidade pessoal:
Há algum tempo, eu fiz um clipe para o youtube ( http://www.youtube.com/watch?v=EYn7CLAknGU ) chamado "Os Dez Mandamentos", para ilustrar um texto que fiz também para o meu blog num artigo chamado: O Complexo de Deus: http://linhasdosaber.blogspot.com/2008/04/o-complexo-de-deus.html . As cenas finais do clipe foram retiradas da internet, que na época eu não sabiam de onde vinham aquelas imagens de explosões. Agora já sei: Dr. Fantástico.

Pi


Título em português: Pi
Título original: Pi
Titulo em inglês: 3,14159265358 (USA)
Diretor: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky (story) &
Sean Gullette (story) ...
Ano: 1998
País: EUA

index: 389

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0138704/
Site: http://www.pithemovie.com/
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pi_(filme)
Curiosidade matemática: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pi
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=6363
blog: http://pasmosfiltrados.blogspot.com/2006/03/pi-de-darren-aronofsky.html
script:


Trailer:



Outros videos:

Comentários:

O filme não chega a ser um grande espetáculo, mas para quem se liga em direção e produção, irá se interessar muito pelos comentários presentes nos "extras", principalmente Notas de Produção e Making of. O filme foi quase que "caseiro", com amigos, mãe, parentes. Usando técnicas não convencionais de filmagens, que com isso conseguiu-se boa movimentação de câmera e muito suspense. A trilha sonora também foi muito bem dirigida. É incrível o que pouco dinheiro e muita criatividade conseguem fazer. Tem que ser bom mesmo!

É um bom thriller de suspense envolvendo a psicologia de um personagem fera em matemática, e que luta num conflito interno entre a razão e a loucura.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

8 Mulheres e Meia

Título em português: 8 Mulheres e Meia
Título original: 8 1/2 Women
Titulo em inglês: 8 1/2 Women
Diretor: Peter Greenaway
Roteiro: Peter Greenaway (writer)
Ano: 1999
País: Inglaterra

index: 388

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0154443/
Site:
wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/8_1/2_Women
DVD: http://www.adorocinema.com/filmes/8-mulheres-e-meia/8-mulheres-e-meia.asp
http://www.webcine.com.br/filmessi/8women.htm
http://www.terra.com.br/cinema/noticias/2001/07/12/005.htm
blog: http://petergreenaway.org.uk/8halfwomen.htm
script:


Trailer:

http://www.terra.com.br/cinema/trailers/8mulheres.htm

Outros videos:

http://www.youtube.com/watch?v=bXMMq8goKUM (visualização desativada)


Comentários:

Desde o começo você já nota no filme que os diálogos são muito inteligentes e a trama é muito surreal. Mas o filme vai passando e você não percebe um sentido para o ele. Tudo bem, quando as mulheres começam a se juntar na mansão você percebe alguma coisa, mas o filme acaba e você acha que faltou algo.
Então a grande descoberta: vá aos "extras" e leia os comentários sobre direção. Tchan!!! então uma luz se acende: este é um filme que retrata as fantasias sexuais masculinas, com referências à F Fellini e seus filmes. Você, homem, logo "vamos" achar sua fantasia ali: a minha é a mulher correndo nua sobre um cavalo...

... mas poderia ser a da freira também, ou a mulher submissa...ah...são tantas as fantasias que se passam na nossa mente tão visual e masculina...!!

Bom filme para refletir depois de assistí-lo.

sábado, 23 de maio de 2009

A Balada de Narayama



Título em português: A Balada de Narayama
Título original: Narayama Bushi-ko
Titulo em inglês: Ballad of Narayama
Diretor: Shohei Imamura
Roteiro: Shohei Imamura (screenplay)
Shichirô Fukazawa (novel)
Ano: 1983
País: Japão

index: 378

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0084390/
antigo de 1958 (http://www.imdb.com/title/tt0051980/)
Site:
wikipedia: (sem referencia) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Shohei_Imamura
DVD: http://www.mostra.org/21/portug/filmes/im-narayama.htm
http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=15851
http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=6536
http://www.interfilmes.com/filme_18029_A.Balada.de.Narayama-(Narayama.Bushi.Ko).html
http://melhoresfilmes.com.br/filmes/a-balada-de-narayama
blog: http://www.okinawa.com.br/dekassegui/silviosam0307.htm
http://ricardodc.multiply.com/reviews/item/14
script:


Video:

Primeira parte (youtube):



Outros videos: (Trailer do filme antigo de 1958)





Comentários:

Esta foto representa o "ponto alto" do filme:
A qualidade da imagem é muito ruim quando a filmagem é à noite. Mas a história compensa. O ponto alto do filme realmente é seu final, mas desde o comecinho você já irá perceber que o que realmente importa é mostrar um tipo de vida.

Alguns filmes mostram para você histórias, imagens, vidas, povoados, e realmente trazem um valor agregado inestimado. Eis alguns: A Balada de Narayama; O Último Rei da Escócia; A Guerra do Fogo; Nascidos em Bordéis; A Árvore dos Tamancos -; estamos tão acostumados com nossa sociedade moderna de consumo e aparência, que não paramos para refletir sobre outros tipos de sociedades e de como nós evoluímos ou involuímos com o tempo.

Vale a pena assistir a este filme e ele realmente é uma obra de arte ao retratar uma sociedade isolada e seus costumes.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Star Trek The Movie (XI) - Estréia

No dia 25 de março, deixei aqui no blog o comentário sobre a pré-estréia do tão falado filme (entre os membros da comunidade trekker): Star Trek XI.

Pois bem, ontem, 14 de maio, fui finalmente assisti-lo no cinema e, como prometido, deixo aqui minhas primeiras impressões sobre esta minha paixão irracional, pós-estréia.
Os comentários pré-estréia estão aqui também:
http://filmesapenas.blogspot.com/2009/03/star-trek-movie-xi.html

Seria interessante que eu assumisse 3 personalidades distintas para comentá-lo, o que não invalida de jeito nenhum minhas teses, já que elas são coerentes e complementares entre si, considerando também que como trekker, minha visão mais crítica do filme fica perturbada.

1- Eu sou um trekker veterano e desde os 18 anos acompanho, sempre com muita devoção, todos os episódios.

- Adorei o filme! principalmente, quando assistido "on screen" a poucos metros de distância e com som sourround. Este filme veio preencher uma lacuna para nós, fãs, que já estávamos desesperados, sem títulos novos no mercado, somente assistindo a velhas reprises. Foi como um novo fôlego. Espero que Holywood se sensibilize agora para novas produções, pois já temos até comentários sobre elas. Foi ação do inicio ao final com muita adrenalina, sem fôlego, belos efeitos visuais, e que também preencheu uma lacuna sobre o início da amizade entre Kirk e Spock. Vamos torcer para que novas idéias surjam nos próximos anos.

2- Sou um trekker mais crítico, com uma visão um pouco mais séria dos episódios, e que se preocupa com qualidade artística e ideológica.

- Olha... pelo trailer do filme, era isso mesmo que eu achava que viria; mas eu esperava bem mais!
O que sempre me chamou a atenção em todos os episódios e filmes da franquia foi que sempre tinha alguma mensagem positiva, com um conteúdo filosófico claro, ou então com um drama pessoal dos personagens, ou um esclarecimento da história cronológica.
Este filme mudou muita coisa da história trekker que eu conhecia, só que eu não quero esquecer o passado, pois "quem esquece o passado, não tem futuro".
- Poxa, JJ!!! ... todos sabemos que você gosta mais de Guerra nas Estrelas, mas não precisava desleixar Jornada; você tinha que ter feito mais pesquisa antes de começar essa produção! tinha que ter entrado de corpo e alma na história. Você deixou um papel tão sem significância para o Leonard Nimoy, e olha que com a idade dele, talvez não apareça mais - e logo ele que é simbolo da franquia.

Algumas incoerências até dá para engolir, como: ... por que alguém leva espadas quando vai saltar do espaço para cima de uma broca a "meio-céu"?... tudo bem...fica bonito uma briga com espadas, mas vamos e venhamos: está muito Jeday!, aliás, são tantas as referências à Guerra nas Estrelas, que até me conformei: quando Spock abandona Kirk no planeta e este tem que lutar com um monstro; ou uma daquelas motos que flutuam; ou a luta de espadas;

Uma outra coisa interessante é a constante quebra de hierarquia dentro da nave e a intempestividade de todos os personagens (cada um faz o que quer); muitas cenas de humor (sempre havia motivo para risos nas cenas), e muita briga, bagunça, temperamentos alterados demais... ora gente, ora trekker... cadê aquela história de conto de fadas: "a visão de um mundo melhor"; cade a ideologia trekker? ... tudo isso se perdeu com esse diretor? Jornada sempre teve seu lugar na mídia porque sempre houve a preocupação de passar uma mensagem, de ser coerente nas histórias (tanto que há uma infinidade de sites cronológicos disso tudo), da seriedade nas decisões da tripulação. Um bando de jovens adrenalinizados vai contra toda a minha vã filosofia.

3- Gosto de cinema e gosto de bons filmes: bons atores, bons diretores, roteiros inteligentes e coerentes. E gosto de extrair algo de positivo dos filmes que assisto.

Um ator em especial trouxe solidez à trama: Bruce Greenwood
Este ator representa uma árvore grossa e antiga em meio a tantos bambus verdes e flexíveis; ele sim é a figura da responsabilidade e coerência que queremos para um capitão da frota estelar. E olha amigo, se eu quisesse adrenalina, eu iria assistir "007 Quantum of Solace" que foi muito show em termos de ação; se bem que, eu esperava menos da garotada em uma ponte de comando. Acabei gostando bastante dos atores que interpretaram o Spock novo e o Kirk: a atuação foi ótima, a direção para eles é que vacilou: Spock... tão novinho, cheio de responsabilidade e, cheio de emoção??? o kirk ficou responsável tão rápido??? mas a cadeira de capitão ficou muito bem para o Kirk, que ficou até muito parecido com o "trejeito" do Kirk antigo.

Em todos os episódios bons que assisti, inclusive outros filmes que não têm a ver com Jornada, a história vai crescendo aos poucos, os personagens vão se apresentando e o grande clímax ocorre no final do filme; isso é legal para você se ambientar com a história e personagens. O filme começou cheio de ação e não parou mais, em suma, ficou muito confuso, quer ver? a história temporal sempre foi algo legal e cheia de tabus de se ver, mas aqui ela é real, fácil e passa tão imperceptível, que quem não conhece a história, não vai perceber uma viagem temporal; o Spock antigo (do futuro) apareceu tão rapidamente e tão sem importância...!! dramas pessoais (descobertas, sofrimento, amadurecimento) nada disso foi percebido em face de tanta ação; dois planetas inteiros sucumbem e isso pareceu rotina!

Eu pergunto para você: qual a trama principal do filme? a academia? por quase nem apareceu! a amizade de Spock e Kirk? ... pouco drama explorado nisso! Você lembra do filme no dia seguinte após assisti-lo?...claro que não!!... a maioria dos Trekkers que conheço está indo 2 ou 3 vezes nas sessões! sim, por que acharam bom o filme? ... ou por que querem ver mais uma vez e tentar entender todos os detalhes, já que foi um roteiro difícil de entender?

Tá, daí alguém vai dizer: sim, mas para alcançar esses jovens de hoje é preciso esquecer o passado e criar algo, na linguagem que eles entendem! ora, Star Trek é uma franquia antiga, criada em outro período da história, com hostilidades entre países, medo de bombas atômicas, e experiências com diversos tipos de aviões (que hoje são rotina por aí) e logo depois veio a substituição das válvulas pelos transistores: miniaturalização geral e equipamentos cada vez menores. Então os filmes refletem a esperança de um mundo melhor e avanços tecnológicos. Hoje o mundo é diferente: Star Trek já perdeu espaço, os filmes de ficção são diferentes, tanto que na sessão em que fui, estávamos eu (o grupo do Paulo Segalla) e acho que mais dois outros grupos. A franquia não vai ressuscitar, como muitos querem, ela está morrendo e agora foi dado o desfecho final.

Eu esperava um filme diferente, se o JJ não tivesse fugido tanto das origens que todos gostamos, talvez pudéssemos ter ainda alguns filmes esporádicos para cinema, resgatando um ou outro caso isolado que pudesse ser elucidado melhor, talvez até uma nova trilogia (nas mãos dessa turma de academia) não deixando a marca (que ainda faz dinheiro) se perder entre tantos outros filmes vulgares.

Você acredita que teve instantes no filme em que até consegui identificar cenas parecidas com as de Buck Roger? e do mestre Yoda de Gerra nas Estrelas?...re...re... foi muito recorte de outros filmes, ação ininterrupta (sem tempo para a boa e velha história), cenas desnecessárias, como o garoto Kirk derrubar o carro no penhasco; pra quê?

Mas o ponto positivo foi alguém tentar fazer algo diferente com a história que conhecemos. Valeu JJ, mas prefiro você em Lost, se bem que nunca vi...re...re...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Dia em que a Terra Parou

Uma pequena observação:
Existem dois filmes: um antigo, de 1951, e outro mais recente, de 2008. Aqui no blog vou resumir os links para os dois e os comentários comparativos estão logo abaixo:
Filme de 2008:

Título em português: O Dia em que a Terra Parou
Título original: The Day the Earth Stood Still
Titulo em inglês: The Day the Earth Stood Still
Diretor: Scott Derrickson
Roteiro: David Scarpa (screenplay)
Edmund H. North (1951 screenplay
Ano: 1951
País: EUA/Canadá

index: 383

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0970416/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Day_the_Earth_Stood_Still_(2008)
DVD:
blog: http://cinematograficamentefalando.blogs.sapo.pt/314746.html
script:


Trailer:



Outros videos:

( )

Filme de 1951:

Título em português: O Dia em que a Terra Parou
Título original: The Day the Earth Stood Still
Titulo em inglês: The Day the Earth Stood Still
Diretor: Robert Wise
Roteiro: Edmund H. North (screenplay)
Harry Bates (story)
Ano: 1951
País: EUA

index: 114

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0043456/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Day_the_Earth_Stood_Still
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=10490
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=206
http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_ad.asp?produto=18590
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=4526
blog:
script:


Trailer:



Outros videos:
( )


Comentários:

O filme de 1951 é em preto e branco, é claro. O filme de 2008 tem Keanu Reeves. O filme de 1951 explora a pessoalidade de uma familia, ou seja, um alienígena vem para terra, se instala com uma família e aprende que o ser humano, embora destrutivo, tem a capacidade de mudar. O filme de 2008, não explora tão bem a "parte família", e tal quais os filmes atuais, ele explora a "aparência" de uma alienígena possa ter sobre a mídia, acompanhada é claro, da arrogância da nação. Mas o ator caiu muito bem para o filme mais moderno, pois Keanu Reeves é bem "inexpressivo" mesmo, para um alienígena.

Atuação a parte, vamos ao roteiro: não é fácil pegar um filme de sucesso e cult e trazê-lo para a época atual, e foi por isso que este filme de 2008 está como um peixe fora dágua. Você que já viu o filme sabe exatamente por qual motivo o alienígena quer destruir a terra. Seria apenas por que ele "acha" que o ser humano é mauzinho??

Of course not!
O filme de 1951 refletiu um temor global sobre foguetes, armas de guerras, experiências nucleares e toda essa parnafenália que estávamos tentando entender àquela época. E o alinígena viu o perigo de longe e veio para resolver o problema. Isso não acontece com o roteiro atual. Qual o real perigo que a Terra oferece, já que hoje a ameaça nuclear não é mais problema?

Ao fazer um filme, não devemos esquecer que é preciso que ele tenha algum nexo com a realidade, para que o expectador possa se inserir em algum ponto, ou não ter nexo algum, como "O Guia do Mochileiro das Galáxias" (gostei muito e ainda vou comentar aqui). Esquecer o passado é negar o futuro. Esse filme de 2008 esqueceu a causa do filme de 1951, logo, este de 2008 não terá futuro. Ninguém vai lembrar dele depois que sair da sessão.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Frida

Título em português: Frida
Título original: Frida
Titulo em inglês: Frida Kahlo (USA)
Diretor: Julie Taymor
Roteiro: Hayden Herrera (book)
Clancy Sigal (screenplay) ...
Ano: 2002
País: EUA

index: 272

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0120679/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Frida
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=6559
http://www.adorocinema.com.br/filmes/frida/frida.asp
blog: http://portalcinema.blogspot.com/2009/03/critica-frida-2002.html
http://lella.wordpress.com/2009/03/28/frida/
script:


Trailer:





Outros videos:

Muito sensual:




Comentários:

Vida de Frida (apenas o gostinho...)
http://www.amalgama.blog.br/04/2009/frida-kahlo-maravilhosa-e-visceral/
http://blog.uncovering.org/archives/2005/02/frida_kahlo.html

Não acredito que este filme esteve em minha estante por tanto tempo e eu não o tenha visto antes. Ele é fantástico! Fala sobre liberdade de expressão, arte, política, sentimentos. É um filme inteligente e belo. Um roteiro bem construído para retratar fielmente a vida desta artista mexicana.

Viver a vida, liberto da hipocrisia (que fica constratado quando os personagens vão para Paris e Estados Unidos), a sensualidade de Frida, seus casos amorosos - sem culpas, sem medo, sem preconceitos. O talento de suas telas.

As músicas do filme são belas, principalmente aquela onde um homem canta em uma mesa para a Frida. A cena em que Frida dança um Tango: fantástica, e extremamente sensual.

A obra de Frida inserida fragmentadamente por todo o filme, em uma produção realmente espetacular, lembra muito o trabalho de Salvador Dali - enigmático e cheio de mensagens subliminares.

O filme te prende do inicio ao final e história vai crescendo, com belas passagens (as belas pirâmides do México são um belo exemplo) e evoluindo na questão sentimental também, que chega ao auge no final.

10.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Bagdad Cafe

Título em português: Bagdad Café
Título original: Out of Rosenheim
Titulo em inglês: Bagdad Cafe
Diretor: Percy Adlon
Roteiro: Eleonore Adlon (writer)
Percy Adlon (writer)
Ano: 1987
País: Alemanha Ocidental / EUA

index: 375

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0095801/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bagdad_Caf%C3%A9
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=14998
http://www.adorocinema.com.br/filmes/bagdad-cafe/bagdad-cafe.asp
blog: http://cinerelax.blogspot.com/2004/08/crtica-bagd-caf.html
http://www.65anosdecinema.pro.br/Bagdad_Cafe.htm
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Outros videos:

Tributo ao filme:


Local das filmagens:


Comentários:

Uma coisa me chamou a atenção neste filme: Uma menina (a tatuadora) do Bagdad Café estava lendo o livro "Morte em Veneza"; poxa!! eu assisti a esse filme, muito bom, e talvez já tenha até comentado aqui no blog; outra coisa que chamou atenção: os peitos de Marianne Sagebrecht! ... não é realmente os peitos, como vc achou que fosse, mas toda aquela situação da personagem em querer fazer todos feliz a sua volta, atingindo a todos com sua simplicidade, e aonde todos querem ser atingindo, e com certeza sabemos onde o personagem do Jack Palance quer ser atingido!!

A música do filme caiu muito bem, pois trás tristeza e simplicidade a todo a trama. Não há muito o que comentar, apenas que é um bom filme cult.

O Tempero da Vida

Título em português: O Tempero da vida
Título original: Politiki Kouzina
Titulo em inglês: A Touch of Spice
Diretor: Tassos Boulmetis
Roteiro:
Ano: 2003
País: Grécia/Turquia

index: 367

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0378897/
Site:
wikipedia:
DVD: http://www.adorocinema.com/filmes/tempero-da-vida/tempero-da-vida.asp
http://www.webcine.com.br/filmessi/polikouz.htm
http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=12147
blog: http://www.cineweb.com.br/index_filme.php?id_filme=1390/
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Outros videos:







Comentários:

O que têm em comum Grécia, culinária e astronomia? eu sei: "O Tempero da Vida".

O pano de fundo desse filme parece ser uma rivalidade velada entre Turquia (Istambul) e Grécia. Mas claro que ele não fica nisso. Nos é mostrada uma Grécia moderna, com belezas históricas, tais qual o Pathernon - constrído para Atenas, no alto da Acrópolis, muito belo de se ver no filme.

Por se tratar de um drama, veremos algumas cenas bem emotivas e uma belo fechamento do filme onde fica evidente o foco dado ao "plano do destino".

O romance desenvolvido no filme não chega a ser essencial para a trama, que se prende mais nas escolhas que fazemos ao longo da vida, tal como a escolha do avô de onde viver e do gosto da personagem principal pela culinária.

Depois de assistir, dê uma pesquisada melhor sobre a história entre Grécia e Turquia e veja quando coisa existe neste "berço da civilização".

A Guerra do Fogo

Título em português: A Guerra do Fogo
Título original: La Guerre du feu
Titulo em inglês: Quest for Fire
Diretor: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Gérard Brach (screenplay)
J.H. Rosny Sr. (novel)
Ano: 1981
País: França/Canadá

index: 380

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0082484/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/La_Guerre_du_feu
DVD: https://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=18533
http://www.cinehistoria.net/cine1.htm
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=5974
blog: http://www.comciencia.br/resenhas/guerradofogo.htm (resenha)
http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdefilmes/966158 (resenha)
http://blog.uncovering.org/archives/2008/03/a_guerra_do_fogo.html

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Sexo e violência fazem parte do contexto:


Comentários:

Já assisti a tantos filmes nesses últimos meses, que acabei por diversificar um pouco o meu gosto. Alguns filmes realmente conseguem nos transmitir alguma coisa, tanto para reflexão, como para conhecimento sobre outras culturas ou regiões. Alguns nos trazem história, outros fábulas. Outros, são simplesmente arte pura.

A Guerra do fogo, nos trás a origem do homem - para quem acredita na evolução de Darwin, é claro -, para que possamos refletir um pouco sobre "esse nosso começo".

A temática gira em torno do fogo, sua aquisição pelos meios naturais e sua manutenção, já que poucos sabiam criá-lo. Mas o filme ultrapassa essa premissa básica e entra fundo em outros conceitos.

Pode-se então distinguir os diversos grupos em estágios evolucionários distintos ocupando um mesmo espaço; pensei não ser isso possível, mas lembro que Charles Darwin, quando visitou Galápagos, também se deparou com fases evolutivas diversas ocupando partes distintas da ilha, cujos ecossistemas eram separados por barreiras naturais intransponíveis.

No filme, algumas tribos são canibais, outras não dominam o fogo, outras dominam. As que dominam estão evolucionariamente mais adiantadas, pois dominam melhor a linguagem, usam a procriação sabiamente e possuem um melhor juizo das coisas.

O filme, se prestado bastante atenção, mostra a evolução de uma tribo, cujos integrantes aprendem a dominar o fogo, aprendem a compaixão (acolhendo uma mulher), aprendendem a socialização (quando um fala aos demais, já no fim do filme) e o que eu achei muito importante: o sexo - o coito era animalesco e instintivo e por vontade da mulher (de uma tribo mais evoluida), passou da posição de quatro, para a posição de frente: um olhando no olho do outro - terá surgido aí o sentimento de monogamia? ...logo, logo, o primeiro casal passa a se curtir olhando a lua; bem romântico, não acham?

filme interessantíssimo, e que figurinha cativante a bela abaixo:

Chá com Mussolini

Título em português: Chá com Mussolini
Título original: Tea With Mussolini
Titulo em inglês: Tea With Mussolini
Diretor: Franco Zeffirelli
Roteiro: John Mortimer (writer)
Franco Zeffirelli (autobiography)
Ano: 1999
País: Itália/Inglaterra

index: 364

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0120857/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tea_With_Mussolini
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=14202
http://www.adorocinema.com/filmes/cha-com-mussolini/cha-com-mussolini.asp
blog: http://www.webcine.com.br/notaspro/npchamus.htm
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Outros videos:



Comentários:

Assistindo a este belo filme uma coisa me veio a mente: a humanindade, em muitas dezenas de centenas de anos, não aprendeu nada, não evoluiu, não deu um passo adiante sequer. Continuamos fazendo as mesmas coisas que fazíamos há muitos anos: estamos estagnado em um ciclo de erros - será que Nietzche tinha razão? Só nos interessa a acumulação de bens, só nos interessa o status, só nos interessa o que aparentamos. Talvez porque no fundo, nós olhemos para fora ao invés de olhar para dentro.

A Cher, neste filme -uma figura irreverente, "visual", mas boa pessoa -, uma mulher inglesa com toda sua "pompa", uma dupla central de personagens que vivem "em bondade", um aproveitador do dinheiro alheio, um embaixador idealista, uma mulher-homem, um pai desnaturado, enfim, cada um vivendo sua suposta realidade; e um grupo com algo mais em comum: velhinhas que não perdem sua unidade, apesar das diferenças.

Um filme bonito, bem dirigido, com um roteiro inteligente, e que usa a segunda guerra mundial como pano de fundo - sem apelar para documentação dos fatos -, e que vai lhe arrancar bons momentos de emoção.

Adeus Lenin

Título em português: Adeus Lenin.
Título original: Good Bye, Lenin!
Titulo em inglês: Good Bye, Lenin!
Diretor: Wolfgang Becker
Roteiro: Wolfgang Becker (co-author) and
Bernd Lichtenberg (writer)
Ano: 2003
País: Alemanha

index: 365

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0301357/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Good_bye_lenin!
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=8736
blog:
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Comentários:

Um belo filme para se assistir com a família. Fala sobre desagregação e agregação da família e do Estado, no caso... o Estado Alemão.
É um filme bem dirigido, com um excelente roteiro e uma bela atuação de todos os atores. Os vários ângulos que a câmera capta realmente nos transmitem alguma coisa e a trilha sonora foi bem escolhida pelas diversas passagens; vale o comentário aqui que algumas passagens me lembraram muito o filme Laranja Mecânica (aquelas cenas aceleradas sob a música de L. Beethoven).

Fica evidente o contraste entre familia e Estado, ambos tentando lutar para manter sua unificação.

O filme também apresenta um aspecto documentário bem interessante, pois cenas históricas (comentadas didaticamente pelos personagens) da unificação da Alemanha Ocidental e Oriental se mesclam brilhantemente às emoções de riso e choro provocadas pela trama do filme.

Para quem assistiu a Trilogia das Cores, de Krzysztof Kieślowski, algo lhe soará familiar, tal como um drama familiar, implicando em mudanças e escolhas que devemos fazer na vida estando associados a mudanças no Estado, mudanças essas que o Estado também precisa fazer: mudar ou não mudar, eis a questão!!!

Um ótimo filme.

O Último Rei da Escócia

Título em português: O Último Rei da Escócia
Título original: The Last King of Scotland
Titulo em inglês: The Last King of Scotland
Diretor: Kevin Macdonald
Roteiro: Peter Morgan (screenplay) and
Jeremy Brock (screenplay)
Ano: 2006
País: UK

index: 360

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0455590/
Site: http://www.foxsearchlight.com/lastkingofscotland/
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Ultimo_Rei_da_Escocia
DVD: http://www.adorocinema.com/filmes/ultimo-rei-da-escocia/ultimo-rei-da-escocia.asp
http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=15935
blog:
script:


Trailer:



Outros videos:

(Telecine)


Entrevista com o diretor:


Comentários:

Impossível aqui não prestar atenção total à atuação do ator Forest Whitaker: acho que sem essa atuação, o filme não teria graça.

Quando assistimos a um filme, contando um momento histórico de uma nação, visto sob a ótica de Hollywood (uma visão norte-americana) - mas poderia ser sob a ótica de outro país também -, devemos sempre desconfiar da fidelidade da narrativa, não por ela não ser verídica, mas por ela ser vista sob um ângulo que não o do próprio povo (lembre-se que o vencedor sempre conta a história).

Portanto, não me interessa quais interesses depuseram Idi Amin do poder, quem apoiou ele ou não, que nações tinham seus interesses, ou se estava ele errado ou não em seus atos. Vale aqui uma máxima de N. Maquiavel, que o Príncipe deve usar das armas que dispõe para pôr ordem em sua nação. Lembremos sempre que quem vendeu armas químicas para o Iraque em um regime, também depôs seu governante no regime seguinte, com suposto receio de que o uso dessas mesmas armas fossem usadas contra, pelo menos era o motivo aparente.

O filme narra um momento histórico na vida de Uganda: o governo de Idi Amin. Com excelentes passagens sobre o aspecto geográfico e humano de Uganda, não sobre a pobreza da nação, como muita gente pensa, mas sob o aspecto tribal em que muitas regiões ainda vivem, e isso ficou bem claro pra mim, quando a mulher do rei fica grávida e precisa optar por onde ter o filho.

Uma pequena história se desenvolve com o personagem Dr. Nicholas Garrigan (James McAvoy): seu amadurecimento constante para as coisas sérias da vida; sistematicamente ele vai se envolvendo em problemas de proporções cada vez maiores, que vão lhe consumindo o aspecto adolescente e brincalhão.

Bons atores em uma boa trama associada a uma ótima direção, fazem deste um excelente filme.

Estou "contando" com sua visita.

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