sábado, 17 de outubro de 2009

1984



Título em português: 1984
Título original: Nineteen Eighty-Four
Titulo em inglês: Nineteen Eighty-Four
Diretor: Michael Radford
Roteiro: George Orwell (novel)
Ralph Gilbert Bettison (writer) ...
Ano: 1984
País: Grã-Bretanha

index: 379

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0087803/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/1984_%28filme%29
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=18618
blog: http://battlenerds.wordpress.com/2008/09/29/1984/
http://www.sosestudante.com/resumos-f/filme-1984.html (não é crítica, apenas a sinopse do filme)
script:


Trailer:



Outros videos:

Não custa nada dar uma olhadinha nesta sátira:



Comentários:

Muita gente fala que ler um livro é preferível ao filme. Isto é verdade?
- Bem, acho que é meia-verdade.
Já fiz isso várias vezes e nem sempre o resultado é um desastre. Vejamos...

Na leitura do livro Moby Dick, de Herman Melville, acabei cansando de tantas páginas - que sufoco! -, pois existem muitos desvios da história de vingança do capitão Ahab à baleia; são tantos aprofundamentos e desdobramentos, que a história toda acaba se tornando uma grande enciclopédia sobre caça de baleias; conclusão: sem muito tempo para ler o resto, acabei pegando o filme na locadora somente para conferir o final da história. E este não deixou a desejar, pois não se desviou tanto e embora mais pobre em detalhes, contou direitinho a história do capitão. Não vou comentar aqui no blog, pois não achei o filme grande coisa.

Mas existe um outro filme chamado Prospero´s Book, que é um interpretação teatral feita para o cinema do livro A Tempestade, de William Shakespeare. Baixei o filme da internet, pois não consegui em locadora e comecei a assistí-lo, mas quando vi que seria bom, parei. Comprei o livro e li-o totalmente. Achei uma linha de trabalho um tanto diferente dos outros livros de W.S. - talvez uma obra mais amadurecida - só sei que gostei. Então fui para o filme. Foi um espetáculo à parte, um deleite para os olhos; muito bem roteirizado e dirigido, com um surrealistmo fantástico, serviu como complemento ao livro. Quando encontrar em locadora, comentarei ele por aqui.

O filme Quando Nietzsche Chorou: simplesmente eu estava sem dinheiro para comprar o livro e se comprasse, não teria tempo para ler, logo, peguei o filme e assisti. Ótimo filme, valeu, e ao contrário que muito gente pensa, não é algo sobre filosofia, mas simplesmente um romance muito legal.

Mas vamos ao que realmente interessa: 1984; e foi aqui que realmente fiquei em dúvida.

O livro... tem uma história que é surreal: um lugar conhecido, mas que não é aquele lugar; uma época conhecida, mas que não é aquela época - coisa de escritor gênio, mesmo!
Para quem leu Utopia, de Thomas More, torna-se evidente que a história é uma anti-utopia, tais como Matrix, Admirável Mundo Novo, Gattaca - a Experiência Genética, assuntos estes que só vamos entender se "sairmos da caverna", como diria Platão em sua República. Mas o livro é rico em detalhes e constrói muito bem o perfil de cada personagem, e mais do que isto, constrói com extrema precisão, o perfil da "ideologia" do Partido - é possível perceber com clareza as consequências psico-emocionais da influência do Partido e do Grande Irmão na cabeça de cada personagem do livro; também o que o partido faz com as comunicações, com a própria história e o que realmente o partido é. As idéias de Grande Irmão, Novilíngua, duplipensar (todos muito atuais por sinal), do eterno inimigo invisível (nosso Bin Laden, se é que ele existe) são muito bem claras e explicadas. E é neste quesito que o filme perde feio.
Todas estas idéias e conceitos ficam muito vagas no filme: a ideologia, o perfil de cada personagem, o Partido. Fica-se com uma visão geral que o governo manipula você, e só!

Acho que fiquei tão impressionado com a atualidade do livro e nos seus graus de detalhamento do perfil psicológico dos personagens, que acabei detonando o filme.

Fiquei realmente na dúvida. Será que este filme é ruim? ...não sei...., mas se ele for bom, então acho que dou maior crédito à "V de Vingança", que apresenta uma história semelhante, só que com um perfil de persongens melhor construído.

Para refletir (eu tinha parado com as foto-montagens, mas tive uma recaída):

George Orwell estava errado sobre o Grande Irmão entrar em nossas casas em forma de um rosto a nos encarar em uma tela de TV:



Na verdade, o Grande Irmão vem de outra forma, e se você não gostar dele, você não será uma cidadão americano patriota. Então... você poderia ser um terrorista, possivelmente:

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