domingo, 19 de maio de 2013

Ponto de Mutação


Título em português: Ponto de Mutação
Título original: Mindwalk
Titulo em inglês: Mindwalk
Diretor:
Roteiro: (story), (screenplay)
Ano: 1991
País: Alemanha
index: 540
Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0100151/?ref_=fn_al_tt_1
Site:
wikipedia:
DVD:
blog: http://naturalistaemcena.blogspot.com.br/2012/10/o-encontro-de-paradigmas-em-ponto-de.html

http://www.overmundo.com.br/banco/resenha-do-filme-o-ponto-de-mutacao

script:
Trilha  musical:
Filmes completo no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=7tVsIZSpOdI

Trailer:


Comentários:

Outro dia eu estava conversando com uma pessoa amiga sobre a natureza dos relacionamentos, principalmente como duas pessoas podem mudar seus pontos de vista a respeito de determinado assunto quando se distanciam no tempo ou espaço. Veja, há dois anos eu assisti este filme e tive um pequeno insight sobre o tema que ele aborda, o que me ajudou um pouco a compreender o mundo em que vivo. Hoje, após estes dois anos, revendo o filme, minha perspectiva sobre o que ele aborda se mofificou; outros detalhes do filme me chamaram a atenção, e posso até mesmo dizer que o entendi de uma maneira diferente.
O que mudou no filme? ... nada! quem mudou foi eu, e não o filme: sou uma pessoa diferente daquela de dois anos atrás, algumas novas experiências de vida me mudaram, meus relacionamentos me geraram expectativas diferentes, meu corpo é outro (até mesmo o filme cita isto: as celulas do meu pâncreas são praticamente todas substituidas a cada 24 horas, a mucosa gástrica também, milhares de células por minutos são substituidas em nossa pele, enfim estamos constantemente nos renovando, chega a ser mesmo quase impossível apertar a mesma mão duas vezes seguidas). Daqui a dois anos vou assistí-lo novamente, quer dizer, meu outro eu irá assití-lo.

Não sei como classificar este filme, talvez como uma síntese do livro do Fritjof Capra. Tenho em casa o Tao da Física, que estou lendo, e também O Ponto de Mutação (The Turning Point), que ainda não li; fiz besteira... assisti o filme, e logo irei ler o livro, ao invés de fazer o contrário. Sempre achei que fazia mais sentido ser assim, mas estou assumindo uma outra sistemática: quando o filme é muito filosófico exigindo um pouco mais de raciocínio, vale a pena assísti-lo várias vezes intercaladas no tempo, tal como a história de um outro filme: A Mulher do Viajante no Tempo (no Brasil: Te Amarei Para Sempre) - a cada visita, uma nova perspectiva sobre a mesma pessoa, ou o mesmo assunto.

O filme se baseia na conversa entre 3 pessoas, que abordam três formas diferentes de pensar: um político (bem falante), uma física (muito técnica) e um poeta (introspectivo). Todos passam o filme conversando sobre a natureza da vida e das relações pessoais e trazem à tona a necessidade de uma mudança no nosso estilo de vida, tornando o planeta mais sustentável para as próximas gerações e tentando mostrar para gente que o mundo não pode mais conviver com esta visão "descartesana" que somos uma máquina e que tudo funciona isololadamente, mas, muito pelo contrário, mostrando com bastante eficiência que as novas descobertas da física, dizem que a matéria, como a conhecemos, não existe realmente no mundo subatômico, e o que existe são apenas probabilidades de se materializarem em algum lugar, contanto que nós estejamos conscientes disso; investiga também uma caracteristica interessante da vida, que é o de se autoorganizar e de se relaciocnar com tudo a sua volta: o que caracteriza a vida é que ela está em constante troca com tudo a sua volta (Teoria Geral do Sistemas Vivos). Isto cria uma nova perspectiva de vida, qual seja, a que devemos proteger tudo que nos cerca sem destruir.

São abordadas as grandes dificuldades de sairmos deste mundo mecanicista e de entrarmos num mundo mais holístico e compartilhado. O filme não aponta soluções, muito pelo contrário, deixando muitas dúvidas, como acontece com as questões filóficas (a pergunta é mais importante que a resposta), e naturalmente - devido à formação de Fritjof Capra - é vista sob a ótica da física, interpretada pela personagem feminina trazendo as principais questões à discussão.

Um excelente filme para quem gosta de filosofia e de ciência.
Não sei se foi a intenção do diretor, mas é interessante ver como a maré, no final do filme, ao subir, vai cerceando a areia por todos os lados, bem como o castelo.

Para o Homem, que se acha dono pedaço, tenha em mente que, no final deste filme (da vida), a gente morre, e não a natureza!


O seguinte diálogo foi retirado da tradução do filme:... sobre uma visão holística da vida...

"Como pode falar de uma árvore
sem falar nas folhas ou raízes?

Eu conseguiria, sem nem
mencionar essas partes.

Um cartesiano olharia para
a árvore e a dissecaria...

mas aí ele jamais entenderia
a natureza da árvore.

Um pensador de sistemas
veria as trocas sazonais...

entre a árvore e a terra,
entre a terra e o céu.

Ele veria o ciclo anual que é
como uma gigantesca respiração...

que a Terra realiza com suas
florestas, dando-nos o oxigênio.

O sopro da vida, ligando a Terra
ao céu e nós, ao universo.

Um pensador de sistemas
veria a vida da árvore...

somente em relação à
vida de toda a floresta.

Ele veria a árvore como o hábitat
de pássaros, o lar de insetos...

já se você tentar entender
a árvore como algo isolado...

ficaria intrigado com os milhões
de frutos que produz na vida...

pois só uma ou duas
árvores resultarão deles.

Mas se você vir a árvore
como um membro...

de um sistema vivo maior...

tal abundância de
frutos fará sentido...

pois centena de animais e aves
sobreviverão graças a eles.

Interdependência. A árvore
também não sobrevive sozinha.

Para tirar água do solo, precisa
dos fungos que crescem na raiz.

O fungo precisa da raiz e
a raiz precisa do fungo.

Se um morrer,
o outro morre também.

Há milhões de relações
como esta no mundo...

cada uma envolvendo
uma interdependência.

A teoria dos sistemas reconhece
esta teoria de relações...

como a essência de
todas as coisas vivas.

Só um desinformado chamaria tal
noção de ingênua ou romântica..."

sábado, 9 de março de 2013

Intocáveis



Título em português: Intocáveis
Título original: The Intouchables (Obs. Não é Untouchables)
Titulo em inglês: The Intouchables
Diretor: ,
Roteiro: ,
Ano: 2011
País: França
index: 767
Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt1675434/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/IntouchablesDVD:
blog: http://blogs.d24am.com/cineset/2012/11/04/critica-intocaveis-de-olivier-nakache-e-eric-toledano/
http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=12567

script:
Trilha  musical: http://artists.letssingit.com/the-intouchables-of3mc/overview

Trailer:
http://www.imdb.com/video/imdb/vi59285529/
http://youtu.be/FpwuGtn8aGA


Comentários:

Note que uma das músicas do filme é de Nina Simone, a belíssima ....
http://youtu.be/duL1o-isHWY

Sei que o filme está tachado com sendo humor, mas acho que ele beira mais ao drama (dramalhão).
A história gira em torno de um deficiente que resolve experimentar um cuidador sem qualificação. Uma amizade se forma entre os dois, beirando a uma dependência mútua.

O roteiro é bem inteligente e as caracteristicas de todos os personagens é muito bem trabalhada. Gostei muito também das inserções musicais no momento certo dentro do filme.

Para mim, que sou fisioterapeuta, ficou claro que o filme mostra claramente que o deficiente não o é assim apenas em sua limitação física, mas muito mais na sua limitação emocional. Tratamos o deficiente com  pena, tratamos todos que são estranhos ao nosso mundo com apatia, sem queremos nos envolver.

As relações são mais vívidas e mais verdadeiras, quando você se entrega de verdade.

É uma bela história de amizade e com um final que agrada ao senso comum.

Estou "contando" com sua visita.

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