quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Última Tempestade

Título em português: A Última Tempestade
Título original: Prospero´s Books
Titulo em inglês: Prospero´s Books
Diretor: Peter Greenaway
Roteiro: William Shakespeare (play)
Peter Greenaway (writer)
Ano: 1991
País: Antilhas Holandesas, Franca, Gra-bretanha, Italia, Japao,

index: 445

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0102722/
Site:
wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Prospero%27s_Books
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=19677
blog: http://recantodaspalavras.wordpress.com/2009/06/16/ltima-tempestade-um-filme-em-24-livros/
http://greenawaymoderno.blogspot.com/2007/12/crtica-do-filme-ltima-tempestade-de-199.html
http://www.contracampo.com.br/64/tempestade.htm
http://www.mnemocine.com.br/cinema/crit/greenaway.htm
script:
Trilha sonora: http://epipoca.uol.com.br/filmes_trilha.php?idf=21223

Videos:



Música divina de Michael Nyman



Miranda´s:




Comentários:

Você gosta de William Shakespeare? gosta de teatro? gosta de cinema de arte? gosta de coisa bonita? ... então, não deixe de assistir a este filme. Foi uma indicação de uma colega e como não tinha em locadora, acabei baixando da internet (Prospero´s Boooks). Mas logo no comecinho tive que parar, pois já percebi que seria um belo filme; então comprei e li o livro na íntegra; após, retornei ao filme.

Acho que William Shakespeare deu sua contribuição ao mundo; tem muitas obras - comédias e tragédias. Em todos os seus textos sempre tem muitas frases e expressões filosóficas que ganharam o mundo... e o tempo; quem não conhece alguma não é mesmo - "Conhecer ou não conhecer Shakespeare, eis a questão!" De qualquer forma, tenho lá minhas dúvidas, pois cada vez que leio uma obra dele, tenho a impressão de estar assistindo a uma novela da Globo - algo muito popular, com muita apelação, onde o rico se mistura com o pobre, o certo com o errado, e onde todo o desfecho fica para o final de uma forma muito rápida. Bem, não conheço muito o teatro e talvez seja assim mesmo que deva ser.

Encontrei-o finalmente na locadora e chama-se: A Última Tempestade.

O filme é fantástico e Peter Greenaway fez a transposição para a telona em um forma de nos causar um verdadeiro deleite aos olhos. A abertura é excelente: colorida, surreal, teatral, visual, musical, tudo de bom. Talvez a história da vingança de Próspero, que vem logo a seguir, seja uma pouco difícil de entender, pois fica meio que perdida entre tantos recursos visuais, por isso recomendo que leia o livro antes: A Tempestade, de William Shakespeare (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Tempest): você não irá se arrepender de ler o livro e após assistir ao filme.

Sobre a técnica que o diretor usou, achei bem interessante o que Érica V. Costa publicou em seu trabalho (http://www.letras.ufmg.br/site/publicacoes/coloqsemiotica.htm), que entre outras coisas, atentou para o fato dele ter se preocupado em colocar cada um dos 24 livros como sendo uma linha de trabalho dentro do período que conhecemos como Renascença.

Mas uma coisa me chamou a atenção: quando li A Tempestade, não pareceu que Shakespeare havia dado muita atenção aos "books" de Próspero, mas a atenção - penso eu - era voltada para a história de Prospero e de sua vingança. Acho que Greenaway deu uma nova roupagem para história.

Mas cá entre nós, A Tempestade foi o último trabalho de WS. Tive a impressão que Prospero era o próprio Shakespeare e aqueles livros eram suas peças, que ele carregava sempre consigo, já que me parece que os originais de WS não existem, não é isto mesmo? A quem era dirigida realmente aquela vingança? Uma obra amadurecida, cuja palavra final chama-se PERDÃO.

A música da abertura chama-se Prospero´s Magic, de Michael Nyman, que também tem a música de Miranda. Uau...aquela abertura ... ainda sonho com ela: é muito bela! não tem como descrever, só assistindo....

E para fechar, vai uma canja, o discurso de Prospero, na voz de Loreena, minha Deusa.



Loreena McKennitt - Prospero's speech

And now my charms are all o'erthrown,
And what strength I have's mine own;
Which is most faint; now t'is true,
I must here be released by you,

Or sent to Napels. Let me not,
Since I have my dukedom got
And pardoned the deceiver, dwell
In this bar island by your spell;

But release me from my bands
With the help of your good hands.
Gentle breath of yours my sails
Must fill, or else my project fails,

Which was to please. Now I want
Spirits to enforce, art to enchant;
And my ending is despair,
Unless I be relieved by prayer,

Which pierces so that it assaults
Mercy itself and frees all faults.
As you from your crimes would pardon'd be,
Let your indulgence set me free.

sábado, 17 de outubro de 2009

1984



Título em português: 1984
Título original: Nineteen Eighty-Four
Titulo em inglês: Nineteen Eighty-Four
Diretor: Michael Radford
Roteiro: George Orwell (novel)
Ralph Gilbert Bettison (writer) ...
Ano: 1984
País: Grã-Bretanha

index: 379

Links.

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0087803/
Site:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/1984_%28filme%29
DVD: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=18618
blog: http://battlenerds.wordpress.com/2008/09/29/1984/
http://www.sosestudante.com/resumos-f/filme-1984.html (não é crítica, apenas a sinopse do filme)
script:


Trailer:



Outros videos:

Não custa nada dar uma olhadinha nesta sátira:



Comentários:

Muita gente fala que ler um livro é preferível ao filme. Isto é verdade?
- Bem, acho que é meia-verdade.
Já fiz isso várias vezes e nem sempre o resultado é um desastre. Vejamos...

Na leitura do livro Moby Dick, de Herman Melville, acabei cansando de tantas páginas - que sufoco! -, pois existem muitos desvios da história de vingança do capitão Ahab à baleia; são tantos aprofundamentos e desdobramentos, que a história toda acaba se tornando uma grande enciclopédia sobre caça de baleias; conclusão: sem muito tempo para ler o resto, acabei pegando o filme na locadora somente para conferir o final da história. E este não deixou a desejar, pois não se desviou tanto e embora mais pobre em detalhes, contou direitinho a história do capitão. Não vou comentar aqui no blog, pois não achei o filme grande coisa.

Mas existe um outro filme chamado Prospero´s Book, que é um interpretação teatral feita para o cinema do livro A Tempestade, de William Shakespeare. Baixei o filme da internet, pois não consegui em locadora e comecei a assistí-lo, mas quando vi que seria bom, parei. Comprei o livro e li-o totalmente. Achei uma linha de trabalho um tanto diferente dos outros livros de W.S. - talvez uma obra mais amadurecida - só sei que gostei. Então fui para o filme. Foi um espetáculo à parte, um deleite para os olhos; muito bem roteirizado e dirigido, com um surrealistmo fantástico, serviu como complemento ao livro. Quando encontrar em locadora, comentarei ele por aqui.

O filme Quando Nietzsche Chorou: simplesmente eu estava sem dinheiro para comprar o livro e se comprasse, não teria tempo para ler, logo, peguei o filme e assisti. Ótimo filme, valeu, e ao contrário que muito gente pensa, não é algo sobre filosofia, mas simplesmente um romance muito legal.

Mas vamos ao que realmente interessa: 1984; e foi aqui que realmente fiquei em dúvida.

O livro... tem uma história que é surreal: um lugar conhecido, mas que não é aquele lugar; uma época conhecida, mas que não é aquela época - coisa de escritor gênio, mesmo!
Para quem leu Utopia, de Thomas More, torna-se evidente que a história é uma anti-utopia, tais como Matrix, Admirável Mundo Novo, Gattaca - a Experiência Genética, assuntos estes que só vamos entender se "sairmos da caverna", como diria Platão em sua República. Mas o livro é rico em detalhes e constrói muito bem o perfil de cada personagem, e mais do que isto, constrói com extrema precisão, o perfil da "ideologia" do Partido - é possível perceber com clareza as consequências psico-emocionais da influência do Partido e do Grande Irmão na cabeça de cada personagem do livro; também o que o partido faz com as comunicações, com a própria história e o que realmente o partido é. As idéias de Grande Irmão, Novilíngua, duplipensar (todos muito atuais por sinal), do eterno inimigo invisível (nosso Bin Laden, se é que ele existe) são muito bem claras e explicadas. E é neste quesito que o filme perde feio.
Todas estas idéias e conceitos ficam muito vagas no filme: a ideologia, o perfil de cada personagem, o Partido. Fica-se com uma visão geral que o governo manipula você, e só!

Acho que fiquei tão impressionado com a atualidade do livro e nos seus graus de detalhamento do perfil psicológico dos personagens, que acabei detonando o filme.

Fiquei realmente na dúvida. Será que este filme é ruim? ...não sei...., mas se ele for bom, então acho que dou maior crédito à "V de Vingança", que apresenta uma história semelhante, só que com um perfil de persongens melhor construído.

Para refletir (eu tinha parado com as foto-montagens, mas tive uma recaída):

George Orwell estava errado sobre o Grande Irmão entrar em nossas casas em forma de um rosto a nos encarar em uma tela de TV:



Na verdade, o Grande Irmão vem de outra forma, e se você não gostar dele, você não será uma cidadão americano patriota. Então... você poderia ser um terrorista, possivelmente:

Estou "contando" com sua visita.

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